quinta-feira, 9 de junho de 2011

O valor dos símbolos

O ser humano vive rodeado de símbolos. É uma necessidade de nossa espécie simbolizar tudo o que a rodeia, para que possamos interagir melhor com o mundo. Como fazemos isso? A forma mais comum é usando a fala para nomearmos as coisas que existem no mundo. Além da fala, também temos a arte rupestre como indício da tendência dos homens a representarem o mundo. Entretanto, nosso foco está em outro aspecto dessa representação.   
Um grande pensador francês, Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), dedicou alguns anos de sua vida à busca pela compreensão do ato de fala dos seres humanos. Ele queria entender em que momento, e principalmente por quê, o homem começou a falar.  O resultado dessa busca é seu famoso Ensaio sobre a origem das línguas, publicado, em 1781, após sua morte. Nesse  ensaio, o filósofo diz que as línguas surgiram a partir do momento em que nossos antepassados quiseram comunicar, uns aos outros, o que pensavam, e não a partir de uma necessidade, como se pensava até então. Para Rousseau  “não foi a fome nem a sede, mas o amor, o ódio, a piedade, a cólera” que fizeram o homem começar a falar. Isso porque aquilo que viria a ser a fala começou como gritos que deveriam indicar dor, alegria, raiva  ou algum pedido. Ou seja, algo bem imediato e nada complexo como são as línguas hoje.

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